quarta-feira, 14 de abril de 2010

Projeto O MENOR ESPETÁCULO DA TERA

APRESENTAÇÃO
O grupo de teatro PALHAÇOS TROVADORES vem pesquisando a linguagem do clown há 11 anos na cidade de Belém, de forma pioneira, realizando uma fusão com elementos poéticos e estruturais de nossa cultura popular – folguedos como bois, pássaros, quadrilhas, pastorinhas, dentre outros. Este trabalho de pesquisa resulta em espetáculos alegres e coloridos, que mesclam a poesia e a canção à cena transgressora dos palhaços, envolvendo sempre o público em seu jogo. Os espetáculos são apresentados em suas respectivas quadras festivas: Carnaval, São João, Círio de Nazaré e Natal. O grupo possui outros trabalhos, desvinculados deste calendário cultural, mas que preservam sua poética e estão sendo constantemente apresentados, como os outros, nos mais diversos espaços, envolvendo sempre um público numeroso.
Representante do chamado Teatro de Grupo, os PALHAÇOS TROVADORES mantém uma pesquisa constante da linguagem do palhaço, incorporando sempre elementos novos. Em 2006, o grupo fez sua primeira incursão na dramaturgia clássica, adaptando “O Doente Imaginário”, de Molière, que resultou no espetáculo “O Hipocondríaco”, um dos grandes sucessos da trupe.
Animados com o bom resultado do primeiro, o grupo prepara mais um Molière, desta vez a adaptação de “O Avarento”, cuja montagem está se dando dentro de um processo colaborativo, em que o público também está sendo chamado a participar da criação, através da realização de ensaios abertos. Esta montagem é também o experimento cênico da tese de doutoramento em Artes Cênicas, que o diretor dos PALHAÇOS TROVADORES, Marton Maués, desenvolve junto ao Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal da Bahia. O espetáculo, cujo nome está sendo definido pelo público, através de enquete postada na comunidade que o grupo mantém no Orkut com três opções – O Pão Duro, O Unha-de-Fome e O Mão de Vaca – tem estréia prevista para o final do mês de novembro.
Dentro da perspectiva de alargamento de suas pesquisas, ampliando a relação da linguagem do palhaço com outras linguagens artísticas, o grupo participou de um treinamento de Teatro de Bonecos, com Aníbal Pacha, integrante da In Bust – Cia de Teatro Com Bonecos, referência nesta linguagem no estado do Pará. Realizado em 2008, o treinamento animou o grupo na criação de um espetáculo que juntasse a técnica do clown e a técnica do boneco. Ao pensar a história do circo, sua estrutura, seus artistas com números variados e a estrutura de seus espetáculos, nasceu a idéia deste trabalho, que pretende mostrar o universo do circo, seu colorido e seus artistas, na pequena dimensão do boneco, realizando um jogo de proporção entre este e o palhaço, no caso também manipulador.
Utilizando o jargão dos apresentadores de circo, conhecidos também como Mestres de Pista: - “Senhoras e senhores, com vocês... o maior espetáculo do terra!”, nasceu a proposta dos PALHAÇOS TROVADORES de realizar “ O Menor Espetáculo da Terra!”.

JUSTIFICATIVA

O grupo de teatro PALHAÇOS TROVADORES, atualmente, é um dos mais importantes representante do chamado Teatro de Grupo de Belém do Pará. Suas produções, que mesclam a linguagem do clown aos folguedos populares, são apresentadas constantemente em espaços abertos, congregando sempre um numeroso público. Com um repertório de mais de dez espetáculos, o grupo está sempre em cena, divulgando a arte do espetáculo e a cultura popular paraense.
Baseando seu trabalho na pesquisa da linguagem do palhaço e nos elementos poéticos e estruturais dos folguedos, o grupo mantém um trabalho de preparação de seu elenco, aperfeiçoando técnicas, através da realização de treinamento constante e de várias formas de intercâmbio. Ano passado o grupo realizou treinamento técnico em teatro de bonecos com a In Bust Teatro Com Bonecos, trouxe a Belém o ator e diretor Luiz Carlos Vasconcelos, o palhaço Xuxu, que se apresentou nas comemorações dos 10 anos dos PALHAÇOS TROVADORES. E este ano, em parceria com o grupo Lume de Campinas/SP, o grupo viabilizou a vinda até nós da palhaça suíça Gardi Hutter, que realizou treinamento com o grupo, workshop com artistas locais e ainda apresentou o espetáculo Joanna D”arppo, lotando o teatro Margarida Schivasappa.
Espetáculos, oficinas, treinamentos, intercâmbio, pesquisas são constantes no trabalho dos PALHAÇOS TROVADORES. E, com certeza, base fundamental da qualidade das produções realizadas pelo grupo.
Divulgar sua arte para além do centro da cidade de Belém e também para outras cidades do estado do Pará tem sido uma constante no trabalho dos PALHAÇOS TROVADORES. Este ano o grupo circula por diversos bairros de Belém, através do projeto Myriam Muniz, da FUNARTE, com quatro de suas produções: “A Morte do Patarrão”, “O Singelo Auto do Jesus Cristinho”, “Ó, abre alas!” e “O Boi do Romeu no Curral da Julieta”. Outro projeto do grupo, em fase de avaliação pela Funarte, pretende levar o espetáculo “O Hipocondríaco” para quatro ilhas próximas: Outeiro, Mosqueiro, Cotijuba e Combu.
Por tudo que vem realizando em prol das artes cênicas paraenses, pela divulgação da cultura popular, pela formação do artista cômico de rua e pelo trabalho de pesquisa, os PALHAÇOS TROVADORES justificam esta nova investida, a criação de um espetáculo que funde duas linguagens bem difundidas entre nós: a arte do palhaço e a arte do boneco. Duas linguagens expressivas e de grande apelo popular, entendimento acessível, de contato direto com todos os públicos e de fácil deslocamento.

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